MCCE

Shirley Siolary, representante do Movimento Mais Mulheres na Política (MMNP), foi eleita a coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) Mulheres em reunião virtual realizada no dia 13 de abril. Como vice-coordenadora, assumiu Olivia Raposo da Silva Telles, do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) de São Paulo. Até abril de 2023, ambas vão conduzir o GT apoiado pelo Comitê Nacional do MCCE.

“Em ano de eleição, o nosso principal foco deve ser o monitoramento das candidaturas femininas, tendo em vista a violência política de gênero; precisamos olhar a participação das mulheres nas campanhas e servir de ponte para que elas possam se defender e superar os desafios que terão pela frente. Muitas são inexperientes e, quando ocorrem os problemas, elas abandonam as campanhas e não querem mais saber da política”, afirmou Shirley.

Para a nova coordenadora do GT, considerando a importância das Eleições de 2022, o grupo deve priorizar o acolhimento das mulheres que se candidatarem, para que elas não desistam durante o processo eleitoral. Além disso, ela destaca a necessidade de se encontrar estratégias para chegar ao diálogo com o maior número possível de mulheres candidatas.

Entre outros desafios, Shirley também manifestou preocupação quanto à distribuição da cota de gênero dos recursos do fundo eleitoral (FEFC) pelos diretórios nacionais das legendas. De acordo com a Emenda Constitucional 117, promulgada no dia 5 de abril de 2022, os partidos políticos são obrigados a destinar, no mínimo, 30% dos recursos públicos para campanha eleitoral às candidaturas femininas.

GT Mulheres

Criado em 2021, com apoio do MCCE, o GT Mulheres teve como primeira coordenadora Fernanda Costa, representante da Plataforma 72horas, e, como vice-coordenadora, Nathalia Mariel Pereira, da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

“A primeira gestão do GT foi um período de muito aprendizado, de várias discussões e iniciativas”, disse Fernanda, citando como exemplo a articulação do diálogo do Grupo com o Comitê Nacional do MCCE, visando debater pautas relevantes e avançar na participação feminina no Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral. “Nesse sentido, participamos de reuniões da Diretoria e trouxemos as informações para o GT, para que o grupo estivesse bem articulado”, acrescentou a coordenadora da primeira gestão do GT.

Fernanda ainda falou sobre a percepção do aumento dos ataques sofridos pelas mulheres candidatas, a partir das últimas eleições, e, entre outros pontos, destacou que as ações do GT devem buscar a articulação com organizações sociais do Brasil e também da América Latina. Na opinião de Fernanda, o GT Mulheres vem discutindo temas que não são apenas relacionados às mulheres, por isso seria importante chegar à comunidade e envolver também os homens.

Além de Shirley Siolary e de Fernanda Costa, participaram da reunião Olivia Raposo da Silva Telles, do MCCE/SP; Bernadete Pereira, do MCCE/SP; Caci Amaral, do MCCE/SP e do Centro Santo Dias de Direito Humanos (CSDDH); Maria Silce Lima Brasil, do Conselho Regional de Administração do Amazonas (CRA-AM); Susanna do Val Moore, da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e do Sindicato dos Policiais Federais de São Paulo (SINPF/SP); Tânia Fernanda Prado Pereira, da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF); e Vitoria M. Silva e Eliane M. Carvalho, da Secretaria Executiva do Comitê Nacional do MCCE.

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